Creio que existem alguns tipo de leitura/literatura que são "tipos curingas", pois não importa que estilo você curta, não tem como não apreciá-los.
Os romances de época estão enquadrados nessa situação, pois são leituras amenas, relativamente fáceis (se você tiver um vocabulário razoável) e despretensiosos, pois não é o final que interessa, pois esse já é óbvio, mas o desenvolvimento da história.
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| Persuasão na versão de bolso da Martin Claret |
O livro conta a história Anne Elliot, uma mulher que foi persuadida pela família a não casar com o jovem oficial da marinha Frederick Wentworth. Oito anos se passam e eles se reencontram, mas as mágoas os impedem de retomar o namoro antes menosprezado. Como uma boa história "austeneana", há uma sutil crítica à submissão das mulheres no século XIX refletida na ironia do texto e sagacidade de suas heroína, mas também o seu happy ending - os protagonistas "deixam de besteira", ficam juntos no final e têm o seu final feliz. Ah! E como não poderia deixar de faltar, uma emocionante e explicativa carta do mocinho para a protagonista.
Algumas curiosidade sobre o livro é que ele foi publicado postumamente, em 1818, Jane Austen escreveu duas versões de final feliz para ele, e que, até hoje, ele é tido como o livro preferido dos britânicos.
Algumas curiosidade sobre o livro é que ele foi publicado postumamente, em 1818, Jane Austen escreveu duas versões de final feliz para ele, e que, até hoje, ele é tido como o livro preferido dos britânicos.
Outra característica dos livros austeneanos é a adaptação do livro para televisão, filmes - recorrentemente refilmados - e peças teatrais e a referência a eles dentro de outros filmes. No caso de Persuasão, ele é o livro preferido de Kate, em a Casa do Lago.
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| Persuasão: filme da BBC, peça do teatro T. Earl and Kathryn Pardoe, e pôster do filme A Casa do Lago |
Como eu não consegui achar o trailer, coloquei esse vídeo que é o final da última versão filmada em 2007 pela BBC, que começa com a carta/declaração do capitão Wentworth para Anne. Além do lindíssimo sotaque britânico, o longa conta com a despretensão típica da autora, que, ao meu ver, acaba valorizando muito mais a história.
Esse livro é a perfeição de Jane Austen! A carta então é a coisa mais linda ever. Pena que não tem um filme à altura. O que foi filmado em 95 é bem fiel ao livro, porém não gostei dos atores. O de 2007 muda algumas coisas do livro, mas dá pra aguentar até o desfecho. Mas quando chega o desfecho, vem a decepção: colocam a Anne pra correr atrás do Captain Wentworth feito uma desesperada pelas ruas da cidade. É ridículo! Nada a ver com a personagem construída no livro! E a cena fica tosca porque ela nem consegue falar tentando recuperar o fôlego. E depois parece mais desesperada ainda na hora do beijo. Achei de péssimo gosto! Sem falar que estragaram o momento mais sublime do livro, né?
ResponderExcluirMeu sonho é ver um filme de Persuasion com uma adaptação tão linda quanto a de Pride and Prejudice. o/
Né? Pride and Prejudice é uma das adaptações mais perfeitas que eu já assisti, e tem uma cena que acaba até superando o livro.
ResponderExcluirO final de Persuasion de 2007 é mesmo meio tenso, mas eu só não me indignei MUITO porque ele foi baseado no primeiro final escrito para o livro, que não chega nem aos pés do "final final". Mas eu acabei valorizando a simplicidade do decorrer do filme em detrimento da tosqueira do final, o que não foi de todo fácil porque Persuasão é um dos meus livros prediletos (prontofalei!).
E eu também compartilho desse sonho com você. Um dia acontece ;p