Vou me esforçar para não falar muita besteira hoje. Beleza, hoje a postagem é de utilidade pública. Ou não, pode ser até um tiro no pé, visto que vou indicar a leitura de um outro blog.
A gente, nós, as pessoas que se dão ao trabalho de ler esse blog estudam muito. Uns gostam de história e tal. É até difícil fazer trabalho que tenha contexto histórico, porque a pessoa se põe a falar, e vai se lembrando de coisas interessantes da história que tem tudo a ver com o que está sendo trabalhado, e fala tanto que já nem sabe mais como voltar a falar do trabalho em si.
É fácil gostar de História. Deste blog, o Preto está para se formar em História na Uece, o Murilo e a Luiza já fizeram história na Uece também. Eu posso dizer que não vivo sem um livro de história dentro da mochila.
É fácil gostar da Revolução Francesa. Formação do mundo contemporâneo e talz.
A Segunda Guerra Mudial e a ruma de documentário que a gente acha pra baixar.
Ou então de Ditadura Militar no Brasil. Repressão, estudantes em 68, propaganda de futebol em 70.
Livro e filme sobre essas coisas é só o que tem.
Foda é quando a gente quer saber de algo que é próximo da gente.
Engraçadas as coisas da vida... quanto mais próximas as coisas são da gente, mais coisas são os que nos escapam à compreensão. Bem, eu acho que é assim. A compreensão e interpretação cedem lugar à proximidade, ao sentimento de convívio mesmo. A gente acha que compreende, mas é muito suspeito para falar, porque geralmente é tão íntimo, que seus próprios sentimentos entram na interpretação do outro.
Então tudo vai ‘sendo’, sem nunca ‘ser’ de fato.
Deixa eu fugir, tudo bem?
É fácil falar da Reforma Protestante de Lutero. Tem até nas apostilas do terceiro ano.
Quero ver você saber quem foi a pessoa que deu nome pra sua rua.
Eutinha começado esse texto ontem, mas acabei de chegar do fafi, bebi, fumei e por isso tow mortão, ó! Num vo esticar muito não. Tow com sono.
Todo dia eu passo pelo estádio Presidente Vargas quando vou para a faculdade. Eu nunca entrei no PV. =T. Sério mermo. Eu tava uma vez no bar com uns amigos meus e eles dizendo o quanto está melhor o estádio e talz, e antigamente perto da área dos banheiro era aquele fedor, e que tomara que não volte um dia a ficar tão fedorento.
Eu nunca fui ao PV. Creio que vai demorar a ir. Mesmo assim fiquei com aquele sentimento de impotência, por fazer faculdade de Jornalismo, não sabe bulhufaz sobre um estádio onde todo mundo já foi. Isso é foda. O cara ter que compensar um conhecimento real pelo escrito. Mas é o que se resta, sabendo que a curiosidade histórica é maior que a vontade de me aglomerar com animais vestidos de torcedores. Né?.
Lembrei do Blog. O blog que um amigo meu uma vez me falou. Ou fui eu que falei pra ele, não sei.
Cada marcaçãozinha vermelha dessas é um link para o Blog Fortaleza Nobre. Viu? Melhor que explicitar através de um clique AQUI.
Lê o texto aí, e vc vai ver: Caralho, o Pelé jogou no PV. A Gentilândia tinha um time. Um time que jogava o campeonato cearense, é mole? Gentilândia Atlético Clube. hehe. Nome engraçado.
Pera ae, às vezes, quando demora ônibus na minha parada, vo pegar na Av. João Pessoa. Que já teve o nome de Av. Washington Luiz, porque foi na adm do governo dele que a estrada foi construída, e mudou por causa da ‘Revolução’ de 1930. João Pessoa era o paraibano candidato à vice do Getúlio, que foi assassinado, e em homenagem a ele, mudaram o nome da rua. Interessante é saber que havia uma linha de trem que poderia servir de opção para quem não quisesse pegar a estrada sem calçamento que levava à Porangaba, Linha Fortaleza-Porangaba. É mole? A viagem até aqui em casa era tão difícil que nem era considerado como parte de município. Eu acho que eu concordo. Tem dia que a Av. Professor Gomes de Matos tá tão congestionada que eu acho que estou repetindo a situação daqueles bandeirantes que voltavam para o litoral. No meio do sol quente. Tenho azar: Sempre pego, no ônibus, o lado do sol.
E mais interessante saber na história da Parangaba era que ela só veio a se juntar à Fortaleza porque no tempo de Nogueira Acioly havia um monopólio de carne do frigorífico dele em Fortaleza, de modo que, para aumentar o mercado consumidor, Parangaba foi anexada à Fortaleza. Já pensou? Interessante, não?
Sabia que as Casas de Cultura da UFC,o Clube do Náutico, a Casa do Estudante do Ceará e uma ruma de casas entre a Costa Barros e a Tenente Benévolo foram projetadas por uma mesma pessoa? Que projetou os prédios da Base Aérea e até a Igreja Coração de Jesus. E que ele não é cearense (nada com o que se admirar. É um húngaro chamado Emílio Hinko. Fez tanto prédio massa aqui que ganhou o título de cidadão de Fortaleza. (é, eu sei, grande bosta, mas, porra, se a gente prestar atenção nos prédios, o cara era muito foda mesmo).
Esse blog é muito massa. Acreditem.
A gente anda por aqui, sabe diferenciar Modernismo e Pós-Modernismo, lê jornal pra saber como anda a parada religiosa em Israel, abre a boca pra falar mal dos Estados Unidos e às vezes nem sabe muito bem o que aconteceu pela rua em que está passando.
A História do Ceará oficial, dos livros, nunca foi uma coisa muito interessante.
A sacada legal do blog é justamente resgatar a História da Rua, aquela que a gente ia perguntar para o avô em como era no tempo dele.
Puutz, cara, jurei que não ia escrever muito. Textos grandes assustam as pessoas.
Mas quando a gente anda de ônibus sempre deixa o pensamento voar. O que tem a ver?
Qualquer dia desses eu quero ver o por do sol no Mara Hope.
Alguém quer ir comigo?
Navio Mara Hope, todo mundo já viu, mas quase ninguém foi. |
Odeio a palavra Eclético, mas esse texto foi escrito ao som de Ennio Morricone, Trio Nordestino e Paulinho Moska.
Muito interessante teu post!
ResponderExcluirÉ mesmo muito mais difícil saber da história do que está mais perto da gente.
Vou começar a dar uma olhada nesse blog ;p
Caramba, adorei! (:
ResponderExcluirNem sabia que o bairro onde eu moro nem fazia parte da cidade.
Também vou começar a fuçar o outro blog. ;)
Mara Hope sempre teve no meu imaginário desde criança, eu imaginava altos contos e histórias por que ele tava ali. :~
ResponderExcluir