E aí, foi de quanto? ARGETINA 80 X 75 BRASIL

Hein? Pois é, são tantos jogos entre esses dois países “rivais” (rivalidade que eu sinceramente nunca entendi) que fica até difícil se concentrar em um só. Mas o placar ao qual me refiro é de longe o mais significativos de todos os recentes confrontos entre as duas nações comumente em “pé de guerra”, mesmo sendo uma derrota. Sim, porque mesmo que o jogo de ontem válido pela Copa Rocca (o que é isso mesmo?) represente a possibilidade de um título, a derrota sofrida pela seleção brasileira de basquete na final do torneio sul-americano garantiu uma vaga na já esperada Olimpíada de Londres em 2012. Mas aí eu pergunto: você sabia que o Brasil estava disputando a vaga no pré-olímpico de basquete? Talvez não, mas uma coisa eu lhe garanto, valeu muito mais a pena assistir o jogo de basquete do que o de ontem à noite, que, me perdoem a sinceridade, foi até bom, mas não valeu de nada.

Fica pra depois.

Mas por falar em Copa Rocca, você sabia que a competição já foi disputada 11 vezes, sempre com dois jogos e sempre entre Brasil e Argentina e que o nosso país já levou o troféu 7 vezes pra casa? E que Pelé teve sua estreia com a amarelinha em um dos jogos da edição de 1957? E que em 1971 o título foi dividido? Mas enfim...

Após 15 anos longe de solo olímpico a seleção brasileira de basquete finalmente terá a oportunidade de disputar umas das competições mais bonitas do mundo. As Olimpíadas. A classificação foi de fato emocionante, sendo garantida com uma derrota para o maior rival, a argentina, mas a emoção foi tanta que vários dos antigos astros do basquete brasileiro vieram a público para comentar sobre o resultado do time e discorrer sobre o potencial e chances da nossa seleção no torneio de Londres em 2012. E é de fato emocionante ver aqueles senhores de idade (peço desculpas pelo termo) que uma vez, há muitos anos, já defenderam a camisa da seleção brasileira chorarem com a vitória da nova geração do esporte que tanto amam e que até hoje define a vida de alguns deles. Mas como nem tudo são flores, a vaga para as olimpíadas não foi o único assunto discutido durante a última semana quando se fala sobre o basquete brasileiro e, infelizmente, muito tem sido dito e comentado sobre os pedidos de dispensa feitos por Leandrinho Barbosa, Ala do Toronto Raptors, time da NBA e Nenê Hilário, pivô do Denver Nuggets, também da NBA. Os dois alegaram problemas pessoais e nem fizeram parte do grupo que treinou durante a preparação para o pré-olímpico e até aí tudo bem, os dois vieram de uma temporada longa pela liga de basquete nos Estados Unidos e teriam todo direito do mundo de descansar e se poupar para chegar bem fisicamente em Londres, mas faltou um pouco de sinceridade por parte dos dois, já que seria muito melhor ter assumido o cansaço do que fingir ou inventar desculpas envolvendo “problemas pessoais”, o que provavelmente lhes custará uma vaga no time que disputará as olimpíadas. Até porque já tá na hora de alguém abrir a boca pra falar algo realmente significativo, sim, porque há muito por trás desses pedidos de dispensa, mas pouco se comenta sobre. Seria muito fácil esculachar com os caras agora porque eles não jogaram o pré-olímpico, mas pouco se sabe sobre as poucas e boas que os atletas já tiveram de enfrentar por culpa da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), por puro descaso da entidade. Engana-se quem pensa que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é a única confederação esportiva a funcionar bem no nosso país. Não, ela é a única que PARECE funcionar. Muitas das outras entidades máximas do esporte nacional são dignas de serem comparadas com verdadeiros amadores. Mas repito, pra mim, a decisão dos dois jogadores em questão não pode ser vista como desrespeito ao país ou à nossa seleção e acho que os dois seriam uma grande ajuda para o time brasileiro que vai à Londres.

Prestemos mais atenção no Basquete brasileiro, ele ainda pode nos dar muitas alegrias.

Mas até onde eu me lembro, vivemos no país do futebol, né? Sobre o jogo de ontem eu tenho somente uma coisa a dizer: se quiserem chutar a bola pro gol, já podem, viu?