Estava eu e vários amigos em uma festa em Recife, na última segunda-feira (5), dançando ao som do tão famoso tecnobrega, quando, de repente, escutamos uma música que nos parecia um tanto familiar. A batida eletrônica, num ritmo meio calypso, dava, então, uma nova roupagem a Don´t Look Back in Anger, sucesso do Oasis. Foi um choque tremendo, porém divertido. Nossa noite etílica ficou ainda mais animada ao som da banda inglesa tocada por Dj Cremoso.
O fato acabou gerando um depoimento de um amigo , que eu uso pra dar título a esse post, e me gerou uma tremenda inquietação: o que diabos é e de onde surgiu esse tal tecnobrega que balançou quase todas as nossas 4 noites em terras pernambucanas?
Pois bem. O tal estilo musical é basicamente a fusão do brega, calypso, carimbó e música eletrônica. Surgiu nos anos 2000 nas periferias de Belém do Pará de forma independente. Bombou. E foi da periferia para a metrópole. Na verdade, da metrópole paraense para o mundo. O ritmo foi exportado por Djs e pode ser escutado em cidades como Londres, Nova York, Paris e Montreal. Além disso, já ganhou uma reportagem no New York Times e aparece no documentário “Good Copy Bad Copy”, de Andreas Johnsen, Ralf Christensen e Henrik Moltke.
O grande milagre mercadológico do tecnobrega foi conseguir o sucesso das massas sem precisar da grande mídia. Através da remixagem e produção de músicas e vendas de CDs e DVDs em festas e feiras, o estilo conquistou sucesso de um modo alternativo para só depois, naturalmente, aparecer nas grandes emissoras de TV.
Os Djs de tecnobrega curiosamente fazem performances em shows que costumam remeter à modernidade e à tecnologia. É o caso dos Djs imãos Elison e Juninho, que usam o que seria uma nave no palco e efeitos luminosos e sonoros eletrônicos.
Mas penso que o grande barato do tecnobrega são as versões dançantes de músicas que, originalmente, não são tão animadas. O exemplo mais radical que eu encontrei foi a música The Scientist, do Coldplay, ao som de Dj Cremoso.
O fato é que em uma festa ao som da batida eletrônica do Pará, regada a doses alcoólicas não tão intensas, nem o mais conservador headbanger e nem o mais depressivo apreciador de Radiohead conseguem se conter.
Quem quiser pesquisar mais sobre o tema, recomendo o livro a seguir:
Chorei, quase que a letra não começava.
ResponderExcluirO pior é que esse troço prega na cabeça. Quando eu fui pro Maranhão, passei uma semana com uma música dessas na cabeça.
ResponderExcluirMas confesso que em festas elas podem ser bem divertidas mesmo...
tecnobrega pega... tecnobrega eh o futuro... ja me imagino largando o heavy metal p ser tecnobreguista
ResponderExcluirisso é que eu chamo de um post de utilidade pública, hauhauhauha, muito bom, mumu!
ResponderExcluiresse povo inventa cada coisa...mas confesso, nem é tão ruim quanto eu imaginava...hahahaha.
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