Compartilho com vocês, agora, descobertas que me fazer realmente refletir sobre como a música e as mudanças sociais andam juntas, mudando nessa globalização que nos cerca.
O fato é que estava eu, pesquisando sobre os finados emos para uma disciplina na faculdade quando descubro que eles vão além, muito além, de uma simples modinha dos anos 2000.
O emo tem suas raízes do punk nos anos 80 e, antes de significar franjas enormes, roupas escuras com desenhos e all stars coloridos, eram apenas um estilo de música, o emocore, que unia o som agressivo do punk e do hardcore a letras introspectivas e poéticas. Na época, o emo era encabeçado pelas bandas Embrace e Rites of Spring (percebam como é totalmente diferente do som que conhecemos hoje).
O que aconteceu foi que, com o passar do tempo, o emo foi sendo ressignificado e apropriado, quer seja na música, com o surgimento de bandas nos anos 2000 como My Chemical Romance, quer seja na socieade, com o surgimento de tribos que passaram a representar o estilo esteriotipado que já conhecemos (franjas, all stars, homossexualismo, lágrimas, e tudo mais).
Mas vale ressaltar que, muito mais que uma necessidade de defender um estilo de vida, os emos são um rótulo resultado da parceria entre o marketing da mídia e o senso comum. É o que mostra o especial MTV sobre a história do emo no Brasil.
E a influência da mídia nas construções e desconstruções musicais não para. Os coloridos e o chamado happy rock, cujos expoentes, poderíamos dizer, são Restart e Cine, é mostrado na mídia como o fim da fase emo e o surgimento de uma nova tendência de música feliz para a adolescência quando, na verdade, é apenas mais uma moda, estilo e estratégia de marketing que ,não necessariamente, veio do emo.
Se os emos tal qual como os conhecemos, morreram, não foi pelo surgimento dos coloridos, e sim por terem sido um mero rótulo midiático e social sem consistência, que se distanciou de suas raízes, e que teria de dar lugar a uma nova moda.
Ode: s.f. Poema de comprimento médio que, em geral, expressa exaltado louvor.
Solidão: s.f Estado de quem está só, retirado do mundo; isolamento: os encantos da solidão. / Ermo, lugar despovoado e não frequentado pelas pessoas: retirar-se na solidão. / Isolamento moral, interiorização: a solidão do espírito.
Não farei poema ou poesia aqui, mas exaltarei a solidão, como o título já nos remete. Não devem ser poucos os que devem estar pensando, esse cara é um louco, um misantropo, um anti-social, um emo ou algo que o valha. Não que eu não goste da companhia dos meus amigos, muito pelo contrário. Deem-me uma chance de explicar meu modo de ver as coisas, é só o que peço. Depois, como diria o meu amigo Filipe, podem jogar as pedras.
Algumas acontecimentos recentes e umas conversas relaxadas por ai me fizeram pensar sobre a solidão, o ato de se ficar sozinho, sem mais ninguém por perto, ter somente você como companhia. Primeiro foi quando estava conversando sobre o fato de se comer ou ir ao cinema sozinho. Fui um dos poucos, ou o único, que disse que não tinha problema em comer sozinho em lugares onde geralmente se precisa de uma companhia. No entanto, também o único, falei que não gostava de ir ao cinema sozinho, paradigma esse que acabei por quebrar semana passada, depois de muito tempo.
Fui ver, em plena quarta-feira, a primeira sessão do Dragão do Mar o filme O Palhaço do Selton Melo, muito bom, por sinal. Já estava por lá mesmo, tinha ido pesquisar na biblioteca pública Menezes Pimentel, um lugar que devia ser mais frequentado pelas pessoas. Pensei que ia odiar, como acontecera da última vez que tentei. Para a minha própria surpresa, eu adorei ficar sozinho vendo o filme na sala praticamente vazia, ter momentos de esquizofrenia e rir-se comigo mesmo.
O que também me impeliu a refletir sobre o assunto foi ter terminado de ler ontem na madrugada Todos os Nomes do José Saramago. Ainda estou em crise, relevem. Basicamente, é história de um auxiliar de escriturário que trabalha da Conservatória do Registro Geral, um homem muito solitário, sem amigos, família ou qualquer coisa que se aproxime disso. Talvez o que se aproxime mais disso seja o teto da sua casa, no qual diálogos filosóficos e existenciais são travados pelos dois. Um dia encontra o nome de uma mulher por acaso noa registros e começa procurar, beirando a obsessão, toda a sua história de vida. Quer encontrá-la de qualquer maneira. Acaba, sem saber, apaixonado por uma pessoa que nunca trocara nenhuma palavra e nunca vira antes.
A solidão não é tão ruim assim, ela pode ser muito positiva e construtiva. É um momento interessante para descobrir meandros do nosso próprio ser que ainda não havíamos percorrido. Não entendo por que as pessoas evitam tanto de ficarem sozinhas, eu procuro a solidão. Às vezes ela me conforta mais do que a multidão. Muitas pessoas são rodeadas por outras e mesmo assim se sentem sozinhas. Como explicar esse fato? Já eu, mesmo tendo esses acessos de ermitão da montanha de tempos em tempos, nunca me sinto só, porque sei que tenho amigos verdadeiros que não se esquecem de mim, apesar de eu não ser lá essas coisas como amigo.
O que quero dizer é que, aproveitem os seus momentos sozinhos, não fiquem em pânico ou apavorados. Usem esse tempo para se conhecer melhor. Ouçam o inspirar e o expirar de vocês. Falem sozinho também, isso nunca matou ninguém. Permitam-se uma viagem a suas essências, e para isso é preciso de silêncio e um pouco de solidão. Há muito o que se desvelar de nós próprios.
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Aos leitores que deve estar se perguntando: esse cara não é o que escreve besteiras sobre filmes? Sim, ele é mesmo, só que estamos na VIRADINHA, por isso o poste foi diferente. Saiba o que é.
“I’ve always felt the moment. People call me lucky, and luck is a wonderful attribute. But it’s more – it’s a sense somehow. It’s inexplicable, it happens. It’s a feeling and you just move into that direction. Someone once said that wherever I am is the perfect picture. I didn’t like the way it sounded but I believe that. It’s not that I’m positive of it deep down inside, it’s that I have to believe it. When you make that decision – ‘This is the place to go’ – you’ve got to live with it. There’s no alternative” –Walter Iooss(click no nome e conheça o site de Iooss)
Nascido em Temple, no estado do Texas, desde pequeno Walter Iooss foi consumido pela emoção dos esportes e aos cinco anos de idade mudou-se para New Jersey, onde teve a oportunidade de acompanhar alguns dos maiores times das grandes ligas americanas, Jets, Knicks, Giants. Iooss é antes de tudo apaixonado por esportes.
Aos 16, após concluir o High School (ensino médio), decidiu se tornar fotógrafo profissional e escolheu especializar-se em, logicamente, esportes. É então que Iooss começa sua carreira como fotógrafo da revista americana Sports IIlustrated, trabalho pelo qual é mais conhecido até hoje, tendo seu trabalho reproduzido como capa da revista mais 300 vezes. Iooss ficou muito famoso também pelos ensaios que fez com grandes estrelas do mundo do esporte, Michael Jordan é um dos nomes que preenche essa lista.
E sua paixão pela fotografia nos faz lembrar das palavras de outro grande artistas das câmeras, Henri Cartier-Bresson: “To take photographs is to hold one’s breath when all faculties converge in the face of fleeing reality… it is putting one’s head, one’s eye, and one’s heart on the same axis". Muito por isso, Walter Iooss é considerado um dos melhores e por alguns até, o melhor fotografo de esportes dos dias atuais.
Mas Walter também ficou conhecido por suas fotos de modelos em trajes de banho, fotografando até mesmo a modelo brasileira Danilla Sarahyba.
Porque eu estou falando de fotografia? É a Semana da Viradinha (leia mais).
Novembro está acabando, mas ainda tem muito a oferecer. Principalmente se você gosta de um bom debate, palestra ou mesa redonda. E a Universidade Federal do Ceará será o palco dos três que eu escolhi para comentar. Outra coincidência: o auditório. Todos serão realizados no auditório Raquel de Queiroz.
No dia 24, às 9h, terá um "Aulão Debate", cujo tema será "Educação como produto - qual a melhor forma de vender?". Os convidados serão André Nogueira (Flex comunicação), Pádua Sampaio (criação da propaganda do colégio Provecto) e, a professora de comunicação Inês Vitorino. O debate faz parte da campanha realizada pelos alunos do 6º semestre de Publicidade e Propaganda da UFC, na disciplina de Laboratório de Publicidade e Propagada.
Esse é o quarto debate desse semestre - já houve sobre "Infografia", "Novas profissões" e "O marketing na era digital", os quais foram realizadas na FA7, IFCE e FIC, respectivamente. A proposta do projeto é levar profissionais das mais diversas áreas e levar reflexões a cerca das alterações nas exigência do mercado.
Por último, e não menos importante, acontecerá na próxima semana. É a mesa redonda sobre "Violência Urbana e Comunicação", último ciclo da ação Palavras de Liberdade promovida pela Liga Experimental de Comunicação da UFC. Os convidados serão Igor Monteiro (Laboratório de Estudos sobre a Violência), Givanildo Manuel da Silva (Movimento Tribunal Popular) e Thiago Braga (O Povo). A discussão da mesa redonda visa discutir "de onde vem o medo da sociedade" e acontecerá no dia 30 às 18h.
Imagine um jornalismo sem venerar os grandes nomes, sem pautar temas que já aparecem na mídia que já não nos comovem por mais trágicos que pareçam ser. Imagine, então, um livro que mostre a realidade que, de tão dura e dramática, pareça literatura. É isso o que se pode encontrar na obra "A vida que ninguém vê", da jornalista Eliane Brum, vencedora do Prêmio Jabuti 2007 na categoria "Reportagem"
Com textos que parecem transitar entre a crônica e a reportagem, Eliane Brum escolhe personagens e neles busca o universal e o singular de grandes histórias que muito mais informam sobre a vida que as informações factuais que vemos todos os dias nos jornais. Tudo isso a autora faz guiada pela máxima em suas próprias palavras: "não existem vidas comuns, só olhares domesticados".
Compatilho com vocês trechos do texto "Enterro de Pobre", um dos mais densos e expressivos do livro:
"Não há nada mais triste do que enterro de pobre. Porque o pobre começa a ser enterrado em vida. Quem diz é Antonio, um homem esculpido pelo barro de uma humildade mais antiga do que ele. Um homem que tem vergonha até de falar e, quando fala, teme falar alto demais. E quando levanta os olhos, tem medo de ofender o rosto do patrão apenas pela ousadia de erguê-los. Quem diz é Antonio Antunes. Ele acabara de sepultar o caixão do filho por um momento, mas a funcionária que foi buscar a criança na geladeira não deixou. Antonio tinha comprado uma roupinha de sete reais no centro de Porto Alegre para que o filho não fosse sepultado nu como um rebento de bicho. Mas não pôde vesti-lo. Restou a Antonio o caixãozinho branco que ninou nos braços até a cova número 2026 do Campo Santo do Cemitério da Santa Casa.(...)
Nada se encerrou para Antonio porque ele sabe que em breve estará de volta. E será tudo como foi. Como sempre foi, na morte como na vida. Deixa para trás o filho sem nome, sepultado na cova rasa, sem padre e sem flor. Porque a cova de pobre tem menos de sete palmos, que é para facilitar o despejo do corpo quando vencer os três anos de prazo. Então é preciso dar lugar a outro filho pequeno de pobre por mais três anos. E assim sucessivamente há 500 anos.
Debaixo de cada uma das mais de duas mil cruzes semeandas na terra fofa do Campo Santo há uma sina como a de Antonio. Para entender o resto da história que ainda virá é preciso conhecer o que é a morte do pobre. É necessário compreender que a maior diferença entre a morte do pobre e a do rico não é a solidão de um e a multidão do outro, a ausência de flores de um e o fausto do outro, a madeira ordinária do caixão de um e o cedro do outro. Não é nem pela ligeireza de um e a lerdeza do outro.
A diferença maior é que o enterro de pobre é triste menos pela morte e mais pela vida."
O roteiro é uma narrativa da vida de Hermila, uma mulher que volta à sua cidade natal, Iguatu, e ali, a sua luta pela saída. O termo “Céu”, conforme Aïnouz, faz referência ao termo do dicionário Aurélio: lugar onde se possa ser feliz. O Céu que Hermila busca é a calmaria, o pertencer, fora do seu constante paradoxo e estranhamento.
O termo “Céu” pode permear entre o significado cristão de objetivo final, de fim feliz de todas as vidas. O sagrado, a fuga, o pertencer de Hermila, através de Suely que é o nome que se auto-intitula na venda da “noite no paraíso”, a rifa de uma noite com ela que a será a passagem para fora daquela realidade.
Hermila se destaca no enquadramento de negar uma estereotipagem na sociedade a qual está inserida. “Quero ser puta não, não quero ser porra nenhuma!” é a frase que mais expressa a falta de necessidade de conceituar o que pretende do ‘ser’. Hermila existe, e a sua própria existência a sufoca, permeando-a para um viver fugitivo, no seu não-pertencimento.
Seguiu seu coração, mudou-se para São Paulo com um amor, e de lá volta, com a esperança de formar um lar. Quando tal esperança lhe é arrancada, Hermila desloca-se dela mesma. Seu caráter nômade e de natureza errante é, então, revelado.
A estética das cenas expressa certa restrição do movimento. Apesar das tomadas abertas, com o céu explicitado, Hermila está presa, em sua busca da saída mais próxima daquela realidade. Os sons naturais e a trilha sonora permeados pela música popular local, cheia de significados para Hermila, permitem um realismo tátil dos acontecimentos. A moça encontra-se deslocada, que a principio, pode parecer destoante, mas nota-se que este é o objetivo da personagem. Hermila destoa de tudo ao seu redor, destoa até de si mesma, o que é necessário para o entendimento da sua falta de pertencimento. A esperança que a trás de volta a onde nasceu, de construir uma vida com Mateus, seu marido, nome que seu filho carrega, é destruída com a não-volta do mesmo. Então, há a decisão do destino. Ir para o lugar mais longe dali, não importa o destino e sim a saída rápida e necessária. Na cena em que Hermila pergunta em um guichê na rodoviária da cidade: “Qual a passagem que a senhora tem pra mais longe? [...] O lugar mais longe daqui?”, denota que para ela o que o importa não é um lugar específico, planos, objetivos, há somente a imediata preocupação de abandonar aquela situação.
Essa pulsão de peregrinação de Hermila é a busca de algo além do que lhe foi dado, em mover-se para outra relação com a sua realidade e com o mundo, a não aceitação da permanência na realidade que lhe foi concedida. A procura pela fugacidade, pela mudança, de que o novo sempre será melhor do que está no presente. Hermila é uma figura de errância, de não se admitir a não lutar por uma vida diferente.
Iguatu, segundo o próprio Karim, foi a escolha por ser uma cidade de passagem. Nota-se isso no posto, onde caminhoneiros sempre vem e vão. Durante o filme, alguns elementos saem do lugar, e Hermila continua presa no ambiente. Passa o trem, que evidencia o desconforto da personagem que caminha ao lado, os caminhões, as motos, e ela permanece oprimida, cercada por uma estática vida, e pelo desespero de não se encontrar em movimento.
Na cena final, apesar do sorriso no rosto de Hermila, não há solução dos problemas, o final, sem fim de Hermila, é a fuga. A esperança do sorriso é o que ainda a mantém em pé. Então, há a certeza que Hermila desafina da sua realidade, assim como muitos de nós, e assim ela representa um faz de conta. Se não há Céu para Suely, não haverá céu para nós.
Aqui o trailler:
Aqui o final que acho lindissimo:
--- Mas não é o Thiago que fala sobre filmes? E a Taís não fala é sobre fotos, não? É que, nessas duas semanas, tá tudo trocado!
Nessa história de viradinha, olha só onde eu vim parar... Na coluna de esportes! Eu certamente não sou a pessoa mais indicada para falar desse assunto, por isso trouxe algo diferente.
Você já ouviu falar, viu pessoalmente ou até mesmo praticou algum esporte estranho? Pois é, tem gosto pra tudo nessa vida. E o número de esportes - incrivelmente! - estranhos não é pequeno.
Começando por algo que pode ser chamado de "corrida do queijo". O esporte, típico da localidade de Gloucestershire, consiste, basicamente, em deixar rolar uma roda de queijo Gloucester e correr atrás dela. O competidor que agarrar a roda de queijo e chegar com ela na linha de chegada primeiro é o vencedor.
Olhem só que louco!
O carregamento de esposa também é um esporte bem curioso. É também uma corrida, mas os competidores devem carregar a sua esposa por um percurso de 250 metros e chegar em primeiro lugar na linha de chegada. Mas tem um ponto positivo: um dos prêmios do vencedor é um carregamento de cerveja do peso de sua esposa!!! Vale a pena, hein?
Outro esporte estranho, começando pelo nome - Sepaktakraw!!! - é uma mistura de vôlei, futebol e artes maciais. Não, não é apenas um futevôlei. É o que eu chamaria de kung fu vôlei. O esporte surgiu na Malásia há cinco séculos e faz o maior sucesso no Sudeste Asiático.
Confesso que, procurando por esportes esquisitos aqui da terrinha, não encontrei muita coisa. O máximo que consegui foi o biribol, mais conhecido como vôlei dentro d'água, que nós aprendemos a jogar na piscina desde crianças! Termino esta publicação com um pedido: alguém conhece um esporte estranho no Brasil ou em terras cearenses que possa compartilhar com a nossa equipe do Postando 7? Quem sabe na próxima viradinha nós continuamos com os esportes estranhos e a sua sugestão entra pra nossa lista! É só deixar um comentário ali embaixo!
P.S.: Mas porque raios eu estou escrevendo sobre esportes? Você ainda não sabe? Olha só o que a gente inventou de fazer!!! E não perca as cenas dos próximos capítulos!
Meu pai, que estava passando por trás de mim, teve daquelas coisas que posso dizer que saiu do caminho que estava seguindo e se inclinou se apoiando nas costas da cadeira em que eu estava apoiado. Eu estava escutando Arnaldo Antunes pelo computador.
Ele disse, balbuciando mesmo, Esse aí sabe o que tá falando. E ficou ali mais um tempão, sem nem mesmo falar comigo. Acho que sempre foi um pouco difícil compartilhar os mesmos gostos com o pai. Eu tava me sentindo muito vazio, e aquela música me reconfortava dando algo para colocar naquele vazio. Esperança, talvez - ou um monte de merda. Interessante era o meu pai escutando isso. Agora eu estou pensando, porra, será mesmo que a Elis tá certa? A gente e os nossos pais não é assim tão diferente?
Um dia parei para colocar num papel as coisas que eu queria realizar em... não estabeleci um prazo. Prazos enganam. A pressa em resolver tudo dentro do prazo, principalmente naquilo que tange à própria vida acaba dando lugar á própria realização do projeto. O tempo faz esquecer o que nos trouxe até aqui. Prometi a mim mesmo saber tudo o que conseguiria estudando tudo em Física, ler tudo o que eu podia de Machado de Assis e pra fechar com chave de ouro, viver uma paixão enlouquecedora.
Eu realmente não sabia muito bem o que fazer. E isso me pareceu o mais lógico, sabe? A gente sempre sabe que sabe um pouquinho, mas tudo o que a gente vê na rua é a gente cometendo o mesmo erro, como se não soubesse de nada. Fui começando, então, tentando saber de alguma coisa.
No final, acabei cursando Engenharia, comprando logo a Antologia de Machado de Assis, porque todos aqueles livros pequenos juntavam muita poeira, é sempre melhor ter antologias, ficam mais bonitinhas na estante. A vida toda de um autor em 4 volumes. É bem bonito de se ver. Em relação ao terceiro ponto, bem, até hoje procuro minha sanidade pelas esquinas.
É aquela coisa, sabe? Por um momento aparece uma sensação que você chegou num ponto de uma estrada sem saber mais ou menos como foi parar lá. De repente estava, quando deu por si, já tava um pouco mudado, num lugar diferente.
Sabe... quando finalmente sabia resolver tudo nos livros de física do ensino médio, quando só faltava os contos machadianos pra ler, e estava começando a avaliar se era realmente amor o que eu sentia pela guria... é, acho que não tenho mais muita coisa o que fazer.
Eu desisti de Engenharia. Até hoje não consegui terminar de ler Machado de Assis. Nunca mais vi a menina. Até a vejo todo dia, mas agora é outra.
Comecei a fazer Jornalismo mais por inércia do que por necessidade, conheci um autor chamado James Joyce e no meio desses novos projetos de meia-tigela, não dou mais responsabilidades aos sentimentos - quase um desprojeto, mas não deixa de ser, né?
Sempre me vem à cabeça, agora não uma canção, mas um trecho de um autor.
"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."
- A Insustentável Leveza do Ser
Lindo, não?
Eu nunca mais me atrevi a fazer projetos claros. Apesar dos projetos terem me dado a oportunidade de saber de coisas que hoje me fazem parecer inteligente, não vale muita coisa, sabe? Todos esse livros e essas mágoas de mulheres dão muito assunto para conversar em bares e em paradas de ônibus. E nada mais.
Desde que não se ache que já se viveu tudo o que se tinha pra viver e use isso para achar que já sabe tudo sobre como viver pelo resto da vida, pode-se ficar tranqüilo.
hahahahaahaha Mas quem fica tranqüilo? Tentar explicar como é a vida baseado nas míseras coisas que conseguimos fazer faz parte. Não sei mais o que falar.
O resto da vida está todo aí, mas parece que perdemos todo o ânimo na realização do último projeto. Eu acho que perdi, da minha parte. Estou me sentindo sem forças. Deixe-me sozinho por agora. Preciso beber um pouco e escutar uma boa música.
Amanhã pela manhã, num acesso de coragem, vou fazer algo diferente, vou embora!
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Certo, segunda-feira é o dia do Murilo, nera não? Pois, para quem não se lembra, ou ainda quem não viu, oia o que foi que a gente inventou de fazer!
Devo confessar que não sou um grande conhecedor de filmes westerns ou de faroeste, ou como queiram chamar, na verdade estou sendo bem eufêmico, a verdade é que sei praticamente nada. Porém, depois de assistir The Good, the bad and the ugly ( Trê homens em conflito) sinto que vou entrar em um frenesi para assistir filmes westerns, principalmente os do senhor Sergio Leone.
Sergio Leone foi um diretor italiano que popularizou mundialmente o gênero western spaghetti, só um minuto eu explico. Western Spaghetti era um gênero de filmes produzidos na Itália, em uma região chamada Almería que se parecia muito com velho oeste americano. Uma maneira do cinema europeu faturar em cima da popularidade dos filmes de bang-bang americanos. Apesar desse objetivo bem comercial gênios como Sergio Leone se sobressaem.
The good, the bad and the ugly, prefiro chamar assim a tradução é muito infame, faz parte da Trilogia dos Dólares. No qual Por um Punhado de Dólares (1964) é o primeiro, Por uns Dólares a Mais (1965) é o segundo e logo em seguida em 1966 vem o filme que já estou falando. Clint Eastwood ainda novato na carreira vai estrear as três películas.
A história do filme se desenlaça em torno de três personagens principais. O bom não tem nome e é conhecido como Blondie (loiro) feito pelo ator Clint Eastwood, ele vive do dinheiro da recompensa de bandidos procurados. O mau é conhecido como Angel's Eyes (olhos de anjo) feito pelo ator Lee Van Cleef e é um matador de aluguel sanguinário. O feio é chamado de Tuco encenado por Eli Wallach, um assaltante-falsificador-beberrão-polígamo-carismático vagabundo. A primeira vista não parecem ter muito coisa em comum, mas 2000 mil dólares enterrado em um cemitério vai unir a trajetória desses três pistoleiros.
Se você espera ver um mocinho e um vilão nos moldes clássicos, está perdendo o seu tempo. O filme explora muito bem a relação de pessoas que vivendo em uma meio inóspito e violento, um lugar onde os fracos não tem vez, têm de sobreviver a todo custo. A filme também é repleto de frases de efeito como eu a que já usei para o título e outras mais.
A trilha sonora também é um algo a mais. Quem não sabe assobiar a música clássica dos filmes de faroeste, mesmo sem saber de que filme ele pertence? Feita pelo compositor, arranjador e maestro Ennio Morricone, dá um carga dramática muito maior. Vou colocar o link abaixo para refrescar a memória de algum leitor mais esquecido.
Tema do Filme
Vai a versão do Metallica de bônus também para vocês!
O que também me chamou atenção foram os closes nos rostos dos personagens, tentando focar as suas expressões ao máximo e criando ambientes de tensão. O ápice é na última cena do filme no qual os três vão ter o confronto final e ouso dizer que uma das cenas mais lindas do filme. Não tem como descrever, só assistindo para sentir o que eu senti.
Não estranhem se me virem barbado, com camisa xadrez, fumando um charuto, usando chapéus de abas largas e com cara de poucos amigos, filmes me influenciam muito, principalmente os bons.
Após Dana White anunciar a luta pelo cinturão entre Anderson Silva e Chael Sonnen, hoje a organização do maior evento de MMA do planeta confirmou a volta do UFC à cidade maravilhosa no dia 14 de janeiro. Por não ser especialista no assunto, até por não gostar muito de lutas, eu trago essa semana o artigo que saiu a alguns minutos escrito pela redação do site da ESPNbrasil.
A organização do UFC confirmou nesta quinta-feira que o maior evento de lutas do mundo voltará ao Brasil em janeiro, novamente no Rio. A informação já circulava havia pelo menos um mês, mas faltava o anuncio oficial.
Junto da oficialização do evento, veio também a confirmação das lutas de quatro brasileiros. Como esperado, o evento principal serão duelo entre José Aldo e Chad Mendez, pelo cinturão dos pesos penas. Aldo não estava no card do primeiro evento realizado no Rio, em 27 de agosto deste ano.
Outro brasileiro confirmado no evento é Vitor Belfort, que lutará pela primeira vez em sua cidade natal. O carioca terá pela frente o norte-americano Anthonty Johnson, em duelo válido pela categoria dos médios.
“Eu falei para os fãs que não demoraríamos a retornar para o Brasil. O impacto econômico do nosso primeiro evento no Rio foi enorme. UFC Rio teve o clima mais insano que eu já vi. Os fãs foram incríveis e o suporte da cidade do Rio de Janeiro fez do evento um grande sucesso”, disse o presidente do UFC, Dana White.
Além de José Aldo e Vitor Belfort, já tiveram suas lutas confirmadas Thiago Tavares e Edson Barboza, dois lutadores que estavam na primeira edição do UFC no Rio. Tavares terá pela frente o canadense Sam Stout, enquanto Barboza enfrentará o inglês Terry Etim.
José Aldo afirmou que será especial defender o título dos penas diante de sua torcida. “É uma emoção muito grande poder defender meu cinturão no Brasil. Já lutei algumas vezes aqui e estou bem tranquilo. Vai ser uma luta dura, mas já iniciei minha preparação e o importante é fazer o meu trabalho, como sempre fiz”, disse o lutador.
Para Vitor Belfort, o evento será igualmente especial. Nascido e criado no bairro do Leblon, o lutador não lutou no UFC Rio de agosto, mas agora poderá, enfim, estrear em casa. “A sensação é a de missão cumprida. Sempre batalhei e acreditei no meu esporte. Vai ser uma honra lutar no Rio de Janeiro com toda minha equipe. Realmente não dá para expressar essa felicidade”.
Levando em consideração que literatura é a arte de compor escritos, de criar um texto, logo concluímos que um blog também é literatura. E quando esse blog vira livro então...
Antes de dizer sobre o que "eles" falam, devo confessar que esse é um dos livros que me conquistaram pela capa. E eu segui o sentido inverso; conheci primeiro o livro para só depois visitar o blog.
Agora vamos à história. O blog surgiu como maneira de aliviar a dor da perda e de ser um ponto de referência para um filho ter a oportunidade de conhecer o pai. Explico. Guilherme Fraga morre dois meses antes do nascimento de seu único filho. Cristiana Guerra, então, se divide entre a tristeza de perder um grande amor e a alegria da maternidade, por estar carregando a maior herança e consolo que Guilherme poderia deixar: Francisco. A necessidade de lembrar para poder contar ao filho gerou o blog que comoveu amigos e internautas, e ganhou uma legião de fãs e mais de 3 mil seguidores - ele recebe mais de 2 mil visitas por dia. Resultado: acabou virando um livro.
“O livro eterniza os textos.
É como se eu fechasse um ciclo e pudesse caminhar para a frente,
olhar para o outro lado”
Tanto o blog quanto o livro contam histórias da Cris com o Gui (olha a intimidade), mostram cartas e e-mails trocados entre ambos. Mas também registram eventos da vida da autora/blogueira, fatos sua vida, família, desabafos, além de mensagens para alguém que ainda não tinha chegado ao mundo. De uma forma ou de outra, ela consegue tirar algumas lágrimas de quem ler os seus registros.
Hoje, com Francisco nascido (21 de março de 2007) e crescidinho, Cris Guerra utiliza o blog para registrar e compartilhar as "francisquices" do pequeno. Seu jeito moleque, fofo e até sedutor (segundo a própria mãe).
Cris e Gui
O blog
Francisco.
Hoje ele já está maior. Mas essa foto é a mais fofa de todas, então...
Como disse certa vez a uma garota a quem estava falando do meus sentimentos para com ela, isto o que tenho para dizer é ridículo. Sinto mais facilidade em falar sobre a dialética idealista de Hegel do que das coisas que se passam em meu coração, que tem mais reprises do que esperanças.
Eu amo você. Mas não sei o que isso quer dizer. Bora lá. São 03:35 da manhã. Tenho que acordar cedo amanhã (ou hoje, piada infame). Tenho que ir ao médico bem cedo. Mas não consigo dormir. Todo mundo passa por isso. Ou não, né? Tem gente que eu conheço que parece ser se sentir mais seguro se não deixar transparecer. Faz tempo que não sentia isso.
Estava conversando com o Tiago hoje mais cedo. Estávamos passando pelo mercado dos pinhões. Muito bom lá. Estava tocando Fagner. Era aquela, quando penso em você, fecho os olhos de saudade, tenho tido muita coisa, menos a felicidade. Ele comentou comigo, você vê né? O que seria da música se não fosse dor-de-cotovelo?
Dia desses estava conversando com outro amigo meu. Ele terminou com a namorada e veio conversar comigo. Disse que assim que se viu na fossa pensou em vir falar comigo. Afinal, eu sabia como era se sentir assim. Porra, esse cara não é o primeiro com dor-de-cotovelo que vem me pedir orientação. Porra velho, como assim? Será que ele pensou: deixa eu ver... alguém que tem experiência em ficar na fossa por causa de mulher... já sei... o Filipe! Como assim? Será que eu tenho cara cantor de brega de bordel?
Essa aqui é legal, a primeira vez que a ouvi foi naquele ótimo filme O Resgate do Soldado Ryan, Edith Piaf. Perfeita. Às vezes, a lembrança que me traz essa música me faz enveredar pela madrugada lembrando até do que não vivi, pensando em nós dois. Sabe, posso parecer como quem não passa sem um rabo de saia, mas eu tenho coração. Como já disse outra vez, tinjo-me de vadio, mas sou romântico. Romântico no sentido mais caricatural mesmo. Um romantismo bem próprio, admito. Minhas características mais utópicas são as que me definem como ser. Do modo mais caricatural possível, claro.
Eu disse, cara, ficar desse jeito é pior pra ti, esquece ela, cara. Pode deixar Filipe, eu sei ficar na minha, não deixo transparecer não, posso estar aqui na fossa por causa dela, mas não deixo ninguém saber que estou assim, sou duro na queda, ela não vai encontrar ninguém que a ame como eu a amo, ninguém sabe o quanto choro à noite, nem ela. Respondi: Tu é muito é burro cara, continua se martirizando, o que adianta se fingir de durão e ficar sentindo pena de si mesmo? Continua pior pra ti, do mesmo jeito, tá se fudendo do mesmo jeito. Tem que ir além, não ficar nessa coisa de ninguém sabe a dor que eu sinto, isso é muito é ladainha de quem não quer admitir a própria pequenez e futilidade. Ele: Eu não sou fútil. Geralmente só quem me entende quem é bem próximo a mim. E olhe lá, alguns concordam comigo por pura consideração que tem à amizade, creio eu. Não que eu espere que minhas idéias sejam difíceis de entender, mas que eu sei que elas vêm de um grande ressentimento para com o Ser Humano. Aí sim! Eu sei que nem todo mundo tende a depreciar tanto o Ser Humano, e por extensão, depreciar tanto a si mesmo por ser Humano. Essa é a base de toda a minha filosofia. Qualquer Ser Humano seria muito mais feliz se não tivesse nascido. E como bem disse Renato Russo, Tudo é dor e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.
Millôr Fernandes já disse certa vez, com propriedade: Três coisas incompreensíveis: gota d'água no mar, grito no meio da noite, dor no coração alheio.
Agora, saca só essa letra, porque, sinceramente, não quero colocar o vídeo. Chora, me liga, implora
Meu beijo de novo
Me pede socorro
Quem sabe eu vou te salvar
Chora, me liga, implora
Pelo meu amor
Pede por favor
Quem sabe um dia eu volto a te procurar
Música boa é justamente aquela que serve como meio de comunicação entre a dor que o artista sente e o sentimento que você, que escuta, leva no peito. Mais ou menos como disse Mário Quintana, Porque, ao ouvir alguém que consegue expressar-se com toda a limpidez, nem sentimos que estamos ouvindo uma música, é como se a estivéssemos pensando.
Não sei por que, mas a maioria das músicas que gosto são de dor-de-cotovelo. Há uma espécie de entrega ridícula nas declarações desesperadas de amor. Às vezes nem sempre desesperadas, mas quase sempre ridículas; sim, pois por mais que seja sublime o sentimento que ainda se sente, é nada mais que uma esperança de reprise de um sentimento que já acabou; acabou sim, por que não existe mais relação a partir do momento que o sentimento se torna unilateral. A única coisa nobre a se fazer reconhecer a pequenez e mediocridade e, como fez o poeta, transformar toda essa merda em melodia.
Mas, como para toda afirmação, há uma crítica, há no mundo um sem-número de pessoas de se acham muito nobres, nobríssimas, por pensar que o amor que sente pelo ente perdido é algo que lhes faz especiais e únicas no mundo. Como uma espécie de últimos dos moicanos, ou alguém que é o ultimo dos transparentes nesses tempos de opacidade. Algo muito parecido quando alguém fala ninguém sabe o quando eu sofro. Ninguém sabe mesmo, afinal é uma coisa que só você sente; mas falar isso como motivo para dizer que ninguém é capaz de sentir o mesmo que você, isso já é sacanagem. Como se o valor do sentimento que tem é totalmente cooptado para o próprio bel-prazer do que para a pessoa que fez surgir esse sentimento. O sentimento que se sente é algo que a pessoa se orgulha de ter e acaba se tornando justificativa para uma auto-idolatria cheia de um lirismo de plástico.
Você é especial e único. Assim como todas as outras pessoas.
Não sei bem dizer, há qualquer coisa que nos une em matéria de sentimento, todas a pessoas sentem algo por alguma pessoa, mas não se deixar levar pelo egoísmo é algo que me admiro muito. Pra ser sincero, de todas as pessoas que conheci, só vi esse desapego pelo egoísmo em duas, que também não vale a pena dizer quem são, afinal, sou muito suspeito. Uma delas é a única mulher que foi realmente sincera comigo, e por casa dela foi que criei todo esse sistema filosófico do egoísmo de meia-tigela. Agora fica a questão... meia-tigela é o egoísmo ou o sistema filosófico?
Sim, porque não há como escapar das paixões, tanto da paixão que se sente por uma pessoa em especial, tanto quanto pela paixão que se sente por si mesmo. Sem falar nas paixões ideologias, que podem ser bem mais ferinas. Os regimes criminosos não foram feitos por criminosos mas por entusiastas convencidos de terem descoberto o único caminho para o paraíso. Defendiam corajosamente esse caminho, executando, por isso, centenas de pessoas. Mais tarde ficou claro como o dia que o paraíso não existia e que, portanto, os entusiastas eram assassinos. Algo muito parecido com as pessoas que matam por amor, ou então as que matam a si mesmas. Que final romântico: morrer de amor.
Mas o que há de sublime nisso tudo é justamente dizer-se egoísta, dizer que meu sentimento que tenho por você não vai fazer você mais feliz, talvez até sinta-se um tanto desprezo por saber que nutro um sentimento impossível, que é sem sal o sentimento que nos é dirigido sem que sintamos algo reciprocamente, não, não vai fazer-lhe feliz, mas o melhor de tudo, vai me fazer feliz.
Certa vez, estava com uma menina. Até gostava dela. Mas não tanto para deixar de abraçar minhas amigas mais chegadas. Cheia de ciúme, ela falou você não tem medo de me perder? Egoísta todo mundo é, mas algumas pessoas parecem que se esforçam. Todo mundo um dia se perde, faz parte da vida, perder e às vezes encontrar; mas se você acha que meu sentimento por você resume-se ao fato que me importo unicamente por você, está totalmente enganada.
Como de costume à maioria das pessoas com quem converso, ela não entendeu. Foi embora pensando que não ligava a mínima por ela.Eu gostava dela, muito até. Quem é muito egoísta tem esse defeito, quer todas as partes para si. Se estiver faltando uma parte, acha que não tem nada. Somos, sejamos,egoístas, mas para si mesmos, não vamos terceirizar nosso ego, ok?
O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.
Por isso digo: Eterna Bem-Amada, nessa insônia a que me cabe, deve estar a dormir agora, quem sabe com outro, mas isso já não mais me cabe, deixo que me invada só você o meu pensamento, pois só desse modo você pode falar no meu ouvido coisas que me fazem fechar os olhos. Para amanhã eu sair pelos bares e olhar para as saias, coloridas pelo sol.
Depois de um outubro agitado, novembro também chega trazendo muitos eventos legais. E torçamos para que dezembro ajude a fechar o ano com chave de ouro!
Vocês já devem ter lido ontem, na nota de esclarecimento publicada pelo nosso companheiro Thiago Nobre, mais conhecido como Preto, que a partir do dia 14 de novembro nós faremos o que chamamos de "viradinha" e as coisas por aqui vão ficar de pernas pro ar. Por isso, trago reunidos hoje quatro grandes eventos que acontecerão durante o mês de novembro em Fortaleza: Festival Ponto.CE, Recicla Nordeste, 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos e Manifesta! Festival das Artes.
Este ano, o Festival Ponto.CE acontece entre os dias 03 e 06 de novembro e traz música, dança e audiovisual. A programação do festival conta com uma parte da programação gratuita de mostras de bandas e de filmes, que acontecerão no Centro Cultural Banco do Nordeste, e de espetáculos de dança que se apresentarão no Teatro Boca Rica, na Praça Verde e no Anfiteatro do Dragão do Mar. Também haverá shows nas noites dos dias 04 e 05 na Praça Verde do Dragão do Mar, onde tocam as bandas Móveis Coloniais de Acaju (04) e Mundo Livre S/A (05). Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia).
Enquanto isso, o Recicla Nordeste atende a outros gostos também durante esta semana. Entre os dias 03 e 05 o evento acontece no Centro de Convenções do Ceará, das 14h às 20h. Quem se interessa pelo desenvolvimento sustentável pode assistir palestras, seminários e participar de oficinas e minicursos que acontecerão dentro da programação do evento. No site do Recicla Nordeste você pode conferir os temas das palestras e de outras atividades, como os estandes de exposição, cursos e oficinas e a Mostra de Ecoarte Cultura, por exemplo.
A 6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos começa no dia 10 de outubro e vai até o dia 01 de dezembro. Este ano, o evento acontecerá nas 27 capitais brasileiras, oferecendo mostras de filmes que abordam os direitos humanos do Norte ao Sul do país. Os filmes selecionados tratarão de Direitos de Crianças e Adolescentes, do Direito à Terra, da Cidadania LGBT, da Educação em Direitos Humanos, Democracia, das Populações Tradicionais, Quilombolas e Afrodescendentes, das Pessoas Idosas, da Saúde Mental e Combate à Tortura, das Pessoas com Deficiência, Migrantes e do Direito à Memória e à Verdade, etc.
A Mostra Cinema e Direitos Humanos estará em Fortaleza durante os dias 08 e 14 de novembro, com exibições de filmes inclusive aos domingos, no Cine Benjamin Abrahão, na Avenida da Universidade.
Por último, mas não menos importante: o II Manifesta! Festival das Artes acontecerá do dia 12 ao dia 19 de novembro. O 1º Manifesta aconteceu no ano passado, no Theatro José de Alencar, inspirado no Massafeira Livre, realizado em 1979 também no TJA. A proposta do festival é abrir caminhos e possibilidades para as manifestações culturais coletivas e dar espaço para músicos, performers, dançarinos, atores, poetas, etc., mostrarem seu trabalho para mais pessoas. O artista plástico cearense Zé Tarcísio será o homenageado deste ano.
P.S.: Lembrando que na semana que vem esta seção não será publicada devido às mudanças ocorridas no blog. Estarei de volta no dia 15, para a viradinha!