Compartilho com vocês, agora, descobertas que me fazer realmente refletir sobre como a música e as mudanças sociais andam juntas, mudando nessa globalização que nos cerca.
O fato é que estava eu, pesquisando sobre os finados emos para uma disciplina na faculdade quando descubro que eles vão além, muito além, de uma simples modinha dos anos 2000.
O emo tem suas raízes do punk nos anos 80 e, antes de significar franjas enormes, roupas escuras com desenhos e all stars coloridos, eram apenas um estilo de música, o emocore, que unia o som agressivo do punk e do hardcore a letras introspectivas e poéticas. Na época, o emo era encabeçado pelas bandas Embrace e Rites of Spring (percebam como é totalmente diferente do som que conhecemos hoje).
O que aconteceu foi que, com o passar do tempo, o emo foi sendo ressignificado e apropriado, quer seja na música, com o surgimento de bandas nos anos 2000 como My Chemical Romance, quer seja na socieade, com o surgimento de tribos que passaram a representar o estilo esteriotipado que já conhecemos (franjas, all stars, homossexualismo, lágrimas, e tudo mais).
Mas vale ressaltar que, muito mais que uma necessidade de defender um estilo de vida, os emos são um rótulo resultado da parceria entre o marketing da mídia e o senso comum. É o que mostra o especial MTV sobre a história do emo no Brasil.
E a influência da mídia nas construções e desconstruções musicais não para. Os coloridos e o chamado happy rock, cujos expoentes, poderíamos dizer, são Restart e Cine, é mostrado na mídia como o fim da fase emo e o surgimento de uma nova tendência de música feliz para a adolescência quando, na verdade, é apenas mais uma moda, estilo e estratégia de marketing que ,não necessariamente, veio do emo.
Se os emos tal qual como os conhecemos, morreram, não foi pelo surgimento dos coloridos, e sim por terem sido um mero rótulo midiático e social sem consistência, que se distanciou de suas raízes, e que teria de dar lugar a uma nova moda.
cara, não gostei desse post ;/
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