domingo, 28 de agosto de 2011

Mentiras Sinceras

FILIPE POR ELE MESMO



Vou mandar a real. Podem jogar as pedras. Nasci aos 15 anos. Era um domingo. Meu pai gostava de me intimidar. Gostava de dizer que iria me colocar para fora de casa se eu não deixasse de ser atrevido e respondão. No fundo eu o amava, e no final acabava sempre o obedecendo e pedindo desculpas por crer que um dia ele poderia deixar de gostar de mim. Um dia ele me pôs para fora de casa e desisti de bater na porta pedindo pra voltar. Fui pra casa de um amigo. Ele me procurou para pedir perdão. Voltei pra casa no final. Não há muitos cantos aonde ir com 15 anos. Depois disso nunca mais senti medo de fazer o que me vinha à cabeça. Por vezes, acabo minha mão dando murro em ponta de faca. Sou, em muitos aspectos, parecido com minhas idéias: difícil, brilhante e às vezes completamente errado. Bem humorado, apaixonado, poético e, por vezes, paranóico. Um mestre em conviver com as próprias contradições: alterno momentos de profunda sabedoria com momentos de pura esclerose. Difícil é descobrir qual é qual. No fim, nunca vou esconder de mim mesmo que as boas ações que estou para fazer podem ser mesmo, no fundo, os atos de um bandido. Tudo que eu queria era ser um escritor genial. Uns amigos dizem que morrerei de sífilis ou cirrose antes dos 40. Mas num dá pra confiar muito em mim não. Insisto tanto em algumas mentiras que acabo acreditando nelas.

FILIPE PELOS OUTROS

Camila: Dá pra sentir que dentro desse meninão bate forte um coração que às vezes até dói. Um coração bom que bota sempre um sorriso largo no rosto dos que estão por perto.

Thiago: Se faz de durão, mas na verdade é um sentimental incorrigível com ares de poeta maldito.

Murilo: Vou jogar a pedra então, Filipe, você não tem planos, e quando os tem geralmente os quebra. O que é o oposto de mim. Odeio não ter planos, e mais ainda quebrá-los, exceto por algo muito bom. Mas o fato é que isso nem sempre me parece um defeito, levando em conta que as melhores coisas podem acontecer sem plano algum. Mas duas coisas são indiscutíveis: é um cara com uma sede de conhecimento invejável e é um ótimo amigo, principalmente por saber escutar e opinar. Sabe levar quase qualquer papo, algo que não é de todos.

Luiza: O Filipe é uma daquelas pessoas que o nome passa a ser um adjetivo. O Filipe é Filipe... Filipe pode significar: loucura, companheirismo, falta de interesse, interesse excessivo, dor de cotovelo, alegria, irritação e disposição. Ele é uma daquelas pessoas que você pode contar a qualquer hora do dia. E, apesar do pouco tempo de convivência, ele já se tornou um amigo muito querido e necessário.

Taís: Nossos corações batem insensatamente a batida dos corações inexplicáveis e inexoráveis. O Filipe tem como esporte favorito o meu: dar murro em ponta de faca. As dores de um momento perdido podem criar um ser humano único. Por que tem horas que só ele entende, e eu já o guardo com um carinho imenso por isso.

Samuel: Vou tentar, resumir aqui o que eu poderia falar em um livro inteiro: um cara que em 6 meses provou que pode ser um amigo pra vida toda. Uma das pessoas mais parecidas comigo e também uma das mais diferentes. Um cara fantástico e companheiro pra todas as horas.

sábado, 27 de agosto de 2011

Queimadura de Cigarro


THIAGO POR ELE MESMO

Oi? Para começo de história, perdoe-me o trocadilho infame, sou um estudante de História que gosta de rock, filmes de terror, quadrinhos, livros e zumbis. Tenho um senso de humor estranho e sou meio ranzinza às vezes. Há também períodos em que deixo de acreditar no futuro da humanidade como espécie mais evoluída e um dia meu pessimismo vai me matar, tenho certeza! Mas não mordo e sou um cara legal, eu acho.
Minha seção será sobre filmes e informações sobre a sétima arte, também conhecida por uns como cinema, que eu ache que interessante ao leitor. Foi difícil nomeá-la, mas em uma madrugada despretensiosa no qual me peguei assistindo Clube da Luta me foi revelado o titulo da seção: Queimadura de cigarro. Eis a parte do filme que me inspirou:
“Um filme não vem em um rolo só, vem em vários. Alguém tem que trocar os projetores na hora certa em que um rolo termina e outro começa. Você pode ver pequenas marcas na parte de cima, à direita da tela. Na indústria, nós a chamamos de queimadura de cigarro.” (Clube da Luta)

THIAGO PELOS OUTROS:

Murilo: Ele chegou quieto na turma, e acho que continua quieto, com um certo teor de frescura troll a mais. Thiago, desde o começo, demonstrou que tinha realmente vontade de participar do nosso projeto, mesmo conhecendo só eu, Luiza e Camila. Um cara sensato, que tem um bom gosto para rock n´roll, cinema e literatura. Por enquanto, é o que é possível dizer sobre ele.

Luiza: O Preto, vulgo Thiago, é de longe o mais empolgado do grupo. Ele é uma daquelas pessoas que você nunca sabe o que pensar no começo e acaba tendo uma das melhores impressões no final. Só não deixe seu tipo/gosto diferenciado enganar você. Ele se enquadra perfeitamente no perfil: tímido, brincalhão, diferente e apaixonado.

Taís: O Thiago é um doce. Sabe rir quando é pra rir, sabe apoiar quando deve, e sabe ser amigo. Espero que fique na minha vida, espero que me mostre mais bandas diariamente na busca por uma banda que Taís-não-conheça (hahahahahaha, novo hobby, ein). Com bom gosto musical, bom gosto cinematográfico, bom gosto pra vida. :) Estou oficialmente ansiosa pra ler 'Queimadura de Cigarro' toda semana.

Camila: O Thiago me lembra a adolescência. Agora ele é um rapaz barbudo (!) e intelectual. Isso é o que mais admiro nele: a inteligência. Um leitor voraz e conhecedor dos mais variados assuntos. É fácil conversar com ele e difícil não ser conquistada(o).

Samuel: Um cara sensato e com gosto louvável para arte (música, cinema, literatura e etc), inteligente e engraçado. Parece pouco, mas do pouco que o conheço já espero tirar um grande amigo.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Click

TAÍS MONTEIRO POR ELA MESMA

Definições costumam ser ralas. No máximo, elas são superficiais. Principalmente, quando se tem que definir algo tão mutável como um ser humano. Basicamente, eu sou Taís, prazer, 19 anos, faço jornalismo. Frases mais ditas: talvez, não sei, pode ser, to bem. Não costumo levar nada aos extremos, tudo é relativo, é só questão de ponto de vista, põe isso na conta do meu signo. Meu tipo de literatura preferido é a la Glauco Matoso, Bukowski, Hilda Hilst, tudo que faça do que é considerado generalizadamente feio, bonito. Meu senso de estética é bem peculiar, beleza, como disse, é relativo. Filmes, aos montes. Música de Vinicius, Cartola a The Meteors e Ramones. E finalmente, a fotografia. Paixão desde a infância, vovô tinha várias câmeras e eu sempre queria pegá-las escondida. Depois dos 15, passei a fotografar, mas, não a expor. Existem fotografias que valem muito. O que vale não é técnica, nem o equipamento, muito menos o senso comum de estética. Fotografia significa mexer com os sentidos e sentimentos, todos os possíveis. Então, minha coluna será sobre isso. Bem vindos, a mais um Click!.

TAÍS MONTEIRO PELOS OUTROS

Thiago: Uma mistura de rock, de poesia, de filmes de drama e um de lírico e musical "foda-se".

Murilo: Taís, a princípio, me pareceu uma metida a legal, rock n’roll, cult...Com o pouco tempo que convivemos percebi que ela não era apenas metida. Penso que ela é também uma pessoa sempre apta a ouvir os amigos, ainda que seja para criticar. E eu espero que eu realmente esteja certo, porque sei que mais cedo ou mais tarde vou precisar dela para isso. Carinho e admiração, é um resumo bastante ousado do que ela significa para mim. E até o momento, ela é a mais desleixada do grupo, digo mesmo. 

Luiza: A Taís ainda é um mistério para mim. Todo vez que eu penso algo sobre ela, eu descubro que ela é o oposto do que eu pensava. Mas algumas características não se provaram erradas: ela é MUITO legal, interessante e um amor de pessoa.

Camila: A Taís pra mim é mistério. Eu nunca consigo saber o que ela tá pensando e na maioria das vezes as opiniões dela surpreendem, principalmente quando ela revela o que tem por trás do escudo e que nós nunca imaginaríamos... Apesar da pose de durona é uma pessoa agradabilíssima! ;-)

Samuel: Por trás da armadura de mulher bem-resolvida e rock'n'roll bate um coração de menina, que surpreende por ser, além de tudo, muito agradável. A Taís é uma pessoa da qual se estranha à primeira vista, mas ao conhecê-la, é, de fato, uma pessoa incrível.

Filipe: Estranhei. Estranhei os comentários que diziam que a Taís é um mistério. Não. Ela não é um mistério. Pelo menos não pra mim. Eu acho que não. Estou tendo uma certa dificuldade em escrever sobre ela. Tenho medo de começar o comentário falando dela e terminar falando de mim mesmo. Tenho a impressão que poderíamos passar várias horas bebendo na mesma mesa, rodeados de terceiros, passando um tempão sem dirigir a voz um ao outro, mas tenho certeza que ela concordaria comigo se eu levantasse o copo de falasse bem alto “Essa vida é uma bosta!”. No mais, está tudo bem. Bons amigos, boa bebida, boa música. O problema é a vida. Porra, por que a vida insiste em ser essa merda que nos faz chamar os amigos pra beber cerveja escutando músicas que nos fazem lembrar que estamos todos fudidos, hein, Tais? Me diz ae, Taís, por que?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Game Time


SAMUEL QUINTELA POR ELE MESMO:



Se me dissessem, alguns anos atrás, que hoje eu estaria escrevendo meu perfil para um blog tenho certeza que riria. Não por achar ridículo, mas por considerar uma grande ironia. Sempre fui um cara, como eu mesmo gosto de me lembrar, muito mais ligado aos sentimentos do que às palavras, e, por isso, nunca me preocupei muito em expressar minhas opiniões se eu me fizesse claro o suficiente através das minhas ações.
Sendo assim, nunca tive medo de sentir minhas emoções, sendo elas boas ou ruins. Não tenho medo de amar nem de sofrer, não fujo da tristeza e aproveito ao máximo meus momentos de felicidade. Tendo escrito tudo isso seria muito natural a pergunta: “porque diabos eu estou cursando jornalismo então?”. Bem, existem poucas coisas que conseguiriam me levar ao teclado, sim, porque deus que me livre, mesmo sendo ateu, de usar lápis e papel, e uma delas é o esporte. Sou apaixonado por futebol, basquete, futebol americano e etc. E é disso que vou tratar na minha coluna, não somente sobre os jogos, mas sobre tudo o que os rodeia. E quando sobrar tempo, falarei de outra das minhas poucas paixões, jogos eletrônicos. Então divirtam-se. It’s GAME TIME.


SAMUEL QUINTELA PELOS OUTROS:


Camila: Quando digo que este mundo é pequeno, é porque É!
E bendito seja este mundo ovo que me fez cruzar com Samuel na vida duas ou três vezes até que ele ficasse de vez.
Enjoy GAME TIME! :-)

Thiago:  Um grande coração, um grande estômago e um grande amor por esportes...

Murilo: Quando conheci Samuel, me pareceu a figura mais exemplar do que ele próprio convenciona chamar de p... n.. c.... Ainda bem que, mais uma vez, soube quebrar minhas primeiras impressões, e não demorou muito pra eu enxergar o lado bom dele: muito tranquilo e fresco. Admito que é um cara que cria imagens das pessoas antes de conhece-las. Eu também, a diferença é que ele deixa explícito e eu guardo pra mim. Mas penso que o grande traço de identidade entre nós e o sentimentalismo, apesar de ele parecer se entregar bem mais.

Luiza: Por muito pouco o Samuel não fez parte do seleto grupo das pessoas que eu tenho ojeriza. Não peçam ajuda a ele de madrugada, vocês vão se irritar. Mas com a convivência, e uma colher de chá, você acaba percebendo que ele até que é uma pessoa bacana, tranquila, um tanto engraçado (ele daria ótimos gifs) e bastante solícita durante o dia.


Taís: Samuel é aquele cara com o sorriso imenso no rosto, em que todos os seus problemas e questões podem ser solucionados com boas e vastas piadas. Ainda quero meu tênis, só avisando. hahahahaha

Filipe: É fácil gostar do Samuel. Todo mundo se sente bem perto dele por saber logo de cara que ele é um daqueles caras que depois que você ganha a confiança você pode contar com tudo. Bem, isso é verdade, sim, isso também aconteceu comigo. Mas, diferente das outras pessoas, isso só aconteceu depois comigo. O que me levou a ele foi o seu riso fácil, sempre disposto a rir de piadas bestas e sem noção, do tipo que mereciam, às vezes, aquela musiquinha da Praça é Nossa. Ele pode ser tudo o que é, mas se não tivesse o riso tão frouxo para minhas piadas sem noção, talvez eu não tivesse me aproximado tanto e visto aquilo o que falei no começo. Posso dizer, sem sombra de dúvida, que não temos quase nada em comum. E que temos tudo em comum. De uma forma estranha, vivemos nossas vidas de formas tão diametricamente opostas que tudo indicaria que nada nos levaria a sermos íntimos. Ele sabe o que estou falando. Ele é o oposto de mim e eu o dele. E por mais foda que isso pareça ser, foi justamente  o que nos levou a ser tão parecidos em certos aspectos. Não sei dizer. Pode ser realmente que as vidas que levamos e idéias que nutrimos possam, muitas vezes, não ter nada a ver um com o outro, mas... sabe quando de uma hora pra outra vem aquela idéia absurda à sua cabeça e que você procura com os olhos aquela pessoa que você sabe que vai entender só pelo olhar? Pois é, é ele.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Guiar

CAMILA AGUIAR POR ELA MESMA

Sou Camila. Estudante de Jornalismo, baixinha e míope. Filha de um casal de surdos, nasci do silêncio. Mas faço barulho. Falo quão alto for necessário, não calo até que me ouçam. Tenho muito pra dizer, mas ainda não descobri exatamente meu jeito de fazer isso. Baixa(íssima) auto estima, insegurança, timidez e indecisão: eis o mais claro de mim. Por causa disso, estou muitos passos atrás do que desejaria estar, mas a cada dia aprendo a pisar mais firme. Eu bem que queria ser mais zen, mais bem. Mas também sei viver bonito, do meu jeito. Sou caça-informações e eventos, principalmente na internet e gosto de compartilhar isso. Eu, Aguiar, estarei a guiar (!) vocês na busca do programa que estava faltando na sua agenda, do evento para fugir do tédio, da luz no fim do túnel na sexta-feira à noite.

Thiago: A baixinha míope mais expressiva que conheço. Não se deixem enganar pelos seus óculos,  ela enxerga além do que se vê.

Murilo: A Camila é daquelas que você simpatiza à primeira vista, embora pareça ser calada. Mas depois que a conhece, vê que simpatia não é a única coisa nela e que ficar calada é o que ela menos faz. Na maioria das vezes é firme, decisiva e adora colocar as rédeas no grupo, embora isso incomode um pouco, um pouco mesmo, por favor. O fato é que ela divide o cargo de mais bitolada com Tiago, que a princípio também era bem calado, coincidência ou não

Luiza: A Camila foi uma das primeiras pessoas com quem eu falei quando entrei na faculdade. Ela passa uma espécie de segurança e receptividade. Mas isso não quer dizer que ela receba tudo; experimenta discutir com ela... A nossa redatora é um pessoa super doce, de personalidade forte e muito fresca.

Taís: Assim que avistei a Camila quis logo conhecê-la, sabe aquela empatia a primeira vista? Talvez pelas ideias, talvez pela sinceridade latente e pelas imagens, que temos, associadas parecidas, de qualquer forma, vejo na Camila uma grande amiga em potencial, um porto seguro (quem sabe, um dia), e um ser humano completo em visões, com feitos a serem realizados maiores do que ela jamais imaginaria.

Samuel: Esse projeto de menina-mulher apareceu na minha vida e espero que nunca saia de vista. Uma das pessoas mais agradáveis e amáveis que já conheci. Capaz de te conquistar com o menor dos sorrisos (sem piadinhas com o tamanho dela). Essa pequena garota é uma grande pessoa e mesmo a conhecendo somente há 6 meses já posso dizer que a amo como uma das melhores amigas que a vida pôde me dar.

Filipe: Sinto em dizer que eu estou usando a Camila. Ela foi a primeira pessoa a quem pensei para construir esse blog. Da maioria das pessoas que conheci em jornalismo, algumas logo vi que o convívio seria distante e indiferente; outras eu passei a me interessar mais, essas são as pessoas que fazem esse blog, mas um punhado de boas companhias que vemos lá pela faculdade.
Mas a Camila tinha qualquer coisa que me surpreendia quando, diferente de muitos, não ficava de bobeira depois da aula. Às vezes saía correndo, apressada. Não entendia direito. Então, depois de certo convívio, perguntava pra onde ela ia, pra um encontro cultural aí, era o que respondia.
Que massa, uma pessoa que é por dentro dessas paradas de cultura e talz. Até tentei ver a programação cultural da cidade, mas a Camila sempre descobria algo que eu nunca saberia onde encontrar.
Ela não sabe disso (até agora), mas eu ficava admirado, calado, com a vontade dela de viver cultura, e fazer disso uma diversão e, quem sabe, até um meio de vida. Era uma invejinha, mesmo. Então, para não ficar perturbando a Camila perguntando o que ela faria todo dia (ela ia pensar que eu podia estar a perseguindo, sei lá), resolvi criar essa falácia do blog.
Ela seria a colunista de programação cultural e assim eu poderia ficar sabendo tudo o que rolaria na cidade! Bem, está aí o verdadeiro sentido do blog: saber o que a Camila vai fazer nesse fim-de-semana.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Marginália

LUIZA CAROLINA POR ELA MESMA:

Sou uma jovem de 21 anos. Sei que não sou mais criança, mas ainda acho estranho ser chamada de mulher. Papai do céu esqueceu de me dar paciência e, por isso, acabo esbanjando sutilezas e delicadezas por aí. Não é por mal, apenas é mais forte do que eu. Não é de se admirar que eu tenha uma verdadeira paixão por ironia e sarcasmo. E por pontuação (aspas, barras, parênteses, reticências). Estranho, eu sei. Acabei me descobrindo a ovelha cinza da família: não tão revoltada e imprudente para ser a negra, mas longe de ser a padrãozinho branca. Metida a pseudo-intelectual e, por falta de interesses específicos, escolhi Jornalismo pra fingir que sei de tudo. Meus hobbies preferidos são ler e reclamar, pois gasto muito tempo no meu mundinho fantasioso particular, mas estou sempre disposta a estar em uma discussão. Tenho opiniões e defendo o que eu acredito, pois espero, um dia, ainda fazer parte do não seleto grupo dos escritores. Sigo o preceito: “se o escritor é interessante, sua obra também o será”. Não sei se eu estou conseguindo, mas um dia eu chego lá. Uma leitora compulsiva de obras de todas as qualidades (boas e ruins). Aprendi que todo livro tem algo a dizer, mesmo que seja "eu sou o pior livro do mundo, não me use como referência". Resumindo: esperem tudo dessa coluna, ou não, de obras-primas a best sellers, desde que eles tenham algo interessante/curioso para ser compartilhado e registrado nas suas inscrições de Marginália (anotações feitas nas margens da folha).

LUIZA PELOS OUTROS:

Camila: Eu tenho medo dela. Isso é tudo.

Murilo: Acredito que a Luiza não seja tão bruta quanto ela pensa ser e quanto os outros acham que ela seja. E se ela é bruta é, quase sempre, quando necessário, com as pessoas certas ou pra frescar mesmo. O que acontece é que por trás de tanta aparente falta de delicadeza está uma pessoa paciente e acolhedora como poucas. Daqui é a que eu conheço a mais tempo, mas não significa que seja a que eu conheço mais.

Thiago: Ainda na tenra idade já dispõe das responsabilidades maternas com o
seu mini-projeto de cachorro Fred. É sério, não mexa com ela se quiser
viver...

Taís: A primeira coisa que vem a minha mente é firme. A Luiza é firme nas decisões, firme nas ideias, firme na atitude, mas, detrás de tudo isso é doce, doce. (assim espero, né, hahahahah)

Samuel: A calmaria depois da tempestade. Muitas vezes a Luiza parece ser uma pessoa estressada e bem difícil, mas no fundo, é uma das pessoas mais tranquilas que já vi. e uma das mais doces. (mesmo que ela tente esconder) e por isso eu a admiro bastante.

Filipe: Não acreditem no que a Luiza fala. Pera, podem acreditar nos textos dela e no que ela tem pra falar. Ela é uma boa pessoa. Capaz de ter uma sacadas geniais. Mas só poderemos perceber isso se dermos atenção a ela. Pow, é sério, em questão a ouvir o que ela tem pra falar, isso realmente eu peço a vocês: Escutem o que ela tem pra falar! Ninguém ouve ela! Só descartem o fato dela ficar dizendo que é malvada, mau-humorada, sem-paciência. Não sei de onde ela tirou isso. Por que, se ela fosse realmente assim, de onde ela ligaria pra um moribundo à beira da morte dizendo que ele fosse se arrumar porque ela iria passar na casa dele, levá-lo até a casa dela, dar o que comer ao esfomeado e ainda por cima levá-lo ao hospital para recuperar as últimas forças que o trariam à vida? Pow, se a Luiza fosse realmente assim tão ranzinza, de onde ela explica o fato de ser uma das pessoas que eu mais gosto, confio e respeito? Ela é foda. É sério, escutem o que ela tem pra falar. Ah, só por curiosidade, estou devendo um rim pra ela.

Tocando Uma

MURILO VIANA POR ELE MESMO:


Em 12 de julho de 1990 nasceu Murilo Valdo Viana Filho. É, eu sei, também acho meu segundo nome tosco. Pensei até que meu pai estava meio embriagado na hora de me batizar, mas acho que o seu Murilo Valdo Cordeiro Viana quis achar uma forma de ficar marcado em mim. Ele conseguiu. Ainda bem que as pessoas aliviam a barra com apelidos ou nomes carinhosos (ou não), como Mulittle (não tenho nada pequeno), Muliro, Maurício, Marcelo, Gurilo.... Em Quixadá, terra onde até as pedras são galinhas (esse é um comentário frequente de que não mora lá), tive uma infância alegre, mas uma adolescência meio sofrida. O romantismo me satisfez e me frustrou ao mesmo tempo, deixando-me rastros até hoje. Mas nunca deixei ele me consumir nem um terço. Fiz tantos amigos quanto pude e posso, fui feliz o quanto me permiti e me permito. O bom humor pra mim sempre foi e é a solução.
A partir dos 13, me envolvi com bandas, mas não com drogas. Foi uma fase boa, que bem me alimentou de sonhos, e que sinto falta. Aos 17, a vinda para Fortaleza tornou meus dias bem mais curtos. O posterior ingresso na faculdade de Jornalismo da UFC me deu uma nova casa. Acho que deveriam existir férias das aulas, mas não das pessoas. E o pior é que todo mundo fresca comigo por isso! Hoje, me sinto cada vez mais envolvido com cinema, música, literatura e jornalismo. O meu maior e mais utópico sonho, no momento, é conseguir ler, ouvir e assistir a tudo o que eu quero, além de poder trabalhar em algo que eu me realize (e tomara que seja no jornalismo). Aqui vou procurar, pretensiosamente, construir perfis de pessoas, tentando seguir a idéia da jornalista Eliane Brum que muito me inspira: não existem vidas comuns, apenas olhares domesticados. Além disso, vou tentar levar alguns papos sobre música e, vez por outra, vou tirar proveito desse espaço para fazer algum desabafo, contar alguma história que eu julgue de relevância, ou qualquer outra coisa. Portanto, sinta-se em minha casa. A diferença é que aqui você pode passar o tempo que quiser.


MURILO PELOS OUTROS:

Camila: Mumu é quase insuportável de tão fofo. Pra um lugar onde até as pedras são galinhas, até que de lá saiu uma boa pessoa, né?! :-)

Luiza: Mumu, embora ele não goste de admitir, é o apelido mais carinhoso e o preferido dele. É aquele cara super tranquilo, positivo e carinhoso, que vive rindo de tudo e pra todos. É aquela pessoa que você nunca viu com raiva e nem consegue ter raiva. Só é meio lesadinho, que até parece ser de propósito só pra divertir os amigos. Resumindo, o Mumu é fofíssimo.

Thiago: Um rockstar vindo direto das terras esturricadas com monólitos de formas estranhas.

Taís: O Murilo tem sempre o abraço gostoso de quem sente carinho verdadeiro. Coração imenso, valores rochosos (assim como as galinhas, todos fazendo apologias ao lugar de nascença dele, hahaha) e uma mente brilhante. :)

Samuel: Gurilo é um cara que surpreendentemente inteligente e companheiro. Tanto em bares quanto em qualquer outro lugar. Um cara engraçado e sincero que vai te surpreender com opiniões fortes e bem trabalhadas. Eu só queria ter metade da dedicação à informação e à cultura que esse cara tem.

Filipe: De todas as pessoas que eu estou comentando, a mais difícil de falar foi o Murilo. Por que, pensando bem, não há motivo algum que tenha me levado a viver pra cima e pra baixo com ele. Pensa aí, Murilo, como foi mesmo que a gente começou a andar junto? De uma hora pra outra, ou bem devagar, daquele devagar que quando a gente vê já tá tudo mudado, eu comecei a andar e conversar com ele. Quando eu vi, estávamos no ventão falando da vida. E nisso fomos falando das mulheres que nos passavam pela cabeça, dando pitaco um na opinião do outro. Em outra hora estávamos voltando pra casa depois de uma noite insone regada à sinuca e música alta. Nesses últimos tempos foi a pessoa com a que eu mais convivi e mais conversei. Era ele fazendo nada na faculdade e eu procurando alguém para fazer nada também. Deu certo, a gente ia pra lá e pra cá, almoçando no RU, jogando sinuca e bebendo cerveja, falando da vida, dos planos pro futuro, das meninas que passavam pela rua. Pensando bem, ele faz muita coisa. Trabalha pacas, eu é que o levo pra não fazer nada. E pensando melhor ainda, mesmo ele tendo uma ruma de coisa pra fazer no PET eu ainda vou continuar ligando pra ele perguntando se não está afim de ir ao Sêu Edson. Porque é dessas pessoas que não se pode descartar a companhia e amizade.

domingo, 21 de agosto de 2011

Em 3, 2, 1...

Aqui estamos. E aqui está você tentando entender o porquê deste blog ter surgido e qual é a nossa proposta. Vamos tentar explicar, mas não garantimos conseguir.

A causa do Blog é bem simples: que ele seja a extensão das coisas que conversamos. Não haverá nada aqui que já não tenha tentado ser dito numa mesa de bar. Ou na cantina da faculdade, que foi onde todos nós nos conhecemos. Filipe, Camila, Luiza, Murilo, Samuel, Taís, Thiago. Contrariando o velho filósofo Sócrates, sabemos que sabemos de alguma coisa. Sentimos isso. Não conseguimos muito bem explicar o quê. Muito menos o porquê de ter que dizer tudo isso. Iremos tentar falar, cada um à sua maneira, sobre o quê sabemos – ou o quê queríamos saber.

7 amigos, 7 temas, 7 dias por semana. Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, Domingo. Música, Literatura, Cultura, Esporte, Fotografia, Cinema, Cotidiano. Murilo Viana, Luiza Carolina, Camila Aguiar, Samuel Quintela, Taís Monteiro, Thiago Nobre, Filipe Fernandes.

Você também pode ler aqui para saber mais sobre cada um de nós e o que pensamos uns dos outros:


Murilo Viana (fala sobre música na coluna "Tocando Uma" às segundas-feiras)
Luiza Carolina Figueiredo (fala sobre Literatura na Coluna "Marginália" às terças-feiras)
Camila Aguiar (fala sobre a agitação cultural da cidade na Coluna "A Guiar" às quartas-feiras)
Samuel Quintela (fala sobre Esportes na Coluna "Game Time" às quintas-feiras)
Taís Monteiro (fala sobre Fotografia na Coluna "Click!" às sextas-feiras)
Thiago Nobre (fala sobre Cinema na Coluna "Queimadura de Cigarro" aos sábados)
Filipe Fernandes (fala sobre a Vida na Coluna "Mentiras Sinceras" aos domingos)


Conseguem nos ver agora com mais nitidez? Entenderam o como e o porquê? Se não, não há problema. Nós também não conseguimos.