sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mondrian

Achou que era a parte de fotografia? Eu também, mas decidi falar sobre Mondrian, hoje, fotografia está inserido em arte visual, o que é deveras grande, então... 

A pintura abstrata, assim como qualquer imagem pode ser observada como certas representações dos aspectos do mundo palpável quando representada em si mesmas, figuras puras, coloridas, formas representativas.
As pinturas de Mondrian, nos meados de 1910, podem ser consideradas imagens sem referência, pois são cores e quadrados organizados de maneira não-inteligível a primeira vista.  A arte tem o poder de não ser uma linguagem com um só viés de entendimento, há uma convergência e divergência de versões e subversões, significados diversos transitando em uma obra.



Para Marin, a pintura é descrita como “um sistema aberto de leituras.” Cabe a quem observa ver o que deseja, o que sente. É necessário observar em Mondrian, um trazer para si, a experimentação sinestésica de relacionar as linhas traçadas meticulosamente e as cores primárias (vermelho, azul e amarelo) como algo próximo a si próprio, como em uma recuperação do significante da sua identidade dentro da obra.

As linhas, os quadrados, as cores tinham por escopo deixar em aberto para encontrar-se em emoções, lembranças, sentimentos. A obra de Mondrian demonstra o intuito de transcender a natureza, intuitivamente e sensorialmente, em última instancia. O artista afirma que a arte não deve ser tratada como algo separado do ambiente que nos rodeia. Os elementos não precisam ser separados, a arte não deve ser aplicada.




Há, em sua obra, uma “rupestrianização da arte”, um ressecamento de adereços, para provocar um produzir arte com significante abrangente. Mondrian, segundo Pignari, desejava decantar o envolver, assim a redução dos signos primitivos das operações mentais nas suas obras.
Os aspectos na obra de proporcionam para cada pessoa uma visão completamente particular e humana de si mesmo, e não uma interpretação coletiva de acordo com o que o artista propunha.



Mondrian acreditava que “A arte será transformada, tornando-se, primeiro, realidade em nosso mundo material, depois na sociedade [...] e finalmente em toda a nossa vida, que se converterá em algo ‘verdadeiramente humano’.” Há de se considerar que há uma passagem de pensamento pela sua obra, que envolve ‘tudo o que exista para além dos limites da tela.’.


A arte, para Mondrian, era uma dualidade natureza e homem. O abstracionismo substitui o realismo pela utilização de cores, formas, planos, linhas e o relacionamento destes itens em um modo não-usual, deixava na mão do interpretante da obra dizer: o que você vê aí?


Mondrian dizia: Squares? I see no squares in my pictures. (:






ps.: OLHA QUE LOUCURA. HAHAHAHA Essas traduções intersemióticas, a utilização de Mondrian como escopo de arte pra vários produtos:





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